Medo de amar

Ela carrega no peito as marcas do tempo,
Cicatrizes que o amor deixou no relento.
Fechou-se em silêncio, com medo de tentar,
Pois amar, para ela, era sinônimo de chorar.
Mas o amor, tão teimoso, bateu na porta,
Mostrou que, às vezes, a vida reconforta.
Que ser amada não é prisão nem dor,
Mas um campo de girassóis em pleno calor.
Ansiosa, ela hesita, seu coração vacila,
Mas há algo nos olhos que brilha e cintila.
Talvez o amor não seja um risco a correr,
Mas um recomeço que convida a viver.
Então, aos poucos, deixa a luz entrar,
Reconstruindo a coragem para se entregar.
E mesmo que o medo queira a prender,
Ela aprende que amar é, também, renascer.

Comments

Popular posts from this blog

O que fica dentro de mim.

Meu Texto Favorito

Sentido de você.